Evolução do desenhista sAIpiens – Tira # 17

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Quando o desenhista está todo feliz com sua evolução e aparece uma novidade dessa. O que fazer?

A chegada da inteligência artificial (AI) ao mundo do desenho pode, de fato, gerar medo em alguns profissionais da área, pois a tecnologia pode automatizar algumas tarefas e, consequentemente, reduzir a necessidade de mão de obra humana. É um futuro certo para algumas questões, e incerto para outras, uma realidade que tem a cada dia gerando mais e mais polêmica, dada as declarações feitas por especialistas que criaram ou participaram em alguma medida do projeto, juntamente com a classe trabalhadora que não anda gostando muito das novidades, seja desenhista, programador, e outros profissionais que essas inteligências artificiais tem se mostrado substituir em alguma medida.

Como o desenhista não tem para onde correr, perante tamanha pressão da sociedade para que isso seja desenvolvido, é provável que ele tenha que se adaptar às novidades, inclusive rever alguns conceitos que talvez não tenha se tocado, refletido, e que de fato podem mudar sua visão acerca desse assunto.

Do ponto de vista profissional a inteligência artificial pode ser vista como uma ferramenta para auxiliar o trabalho do desenhista, e acelerar o trabalho para que ele possa ganhar tempo com novos projetos e produzir mais em menos tempo; entretanto, isso também abre ainda mais brechas para um problema iminente, que é a exploração dessa tecnologia para turbinar os ganhos da elite; afinal, se a mão de obra artística já é desvalorizada, valorizada apenas por um seleto grupo, as máquinas fazendo mais em menos tempo tornará a atividade humana sucateada, e privilegiando os gostos de um grupo. Portanto, aprender a utilizar a AI pode ser uma maneira de sobreviver no mercado e se tornar um profissional mais completo e versátil, se é que o desenhista quer se manter profissionalmente ativo no século XXI, e, ainda sim não o garante no mercado, pois, se já era difícil emplacar em uma carreira, quem dirá diante de uma tecnologia que não só executa parte de seu trabalho, concomitante ao fato de que ela mesmo aprende?

De qualquer modo, o artista ainda hoje, pode focar em habilidades que a AI não possui. A inteligência artificial é capaz de realizar tarefas repetitivas e previsíveis, mas ainda não pode substituir a criatividade e a originalidade humana. Assim os desenhistas podem se concentrar em desenvolver habilidades que envolvam criatividade, pensamento crítico e inovação, tornando-se ainda mais valiosos para o mercado.

O desenhista também pode diversificar as habilidades. Em vez de se limitar apenas ao desenho, os profissionais da área podem buscar novas habilidades relacionadas, como a animação, modelagem 3D e realidade virtual, por exemplo. Dessa forma, é possível expandir a atuação profissional e estar preparado para as mudanças no mercado.

Também é possível aprender com a inteligência artificial, e oferecer insights e informações valiosas para o desenho, como padrões e tendências de mercado, por exemplo. Utilizar essas informações pode ajudar a aprimorar a qualidade do trabalho e a se manter atualizado.

A conclusão que tenho, é que a chegada da inteligência artificial pode representar uma mudança no mercado do desenho, mas também pode oferecer novas oportunidades e desafios. Em alguma medida é importante estar aberto a essas mudanças e buscar se adaptar para continuar e se destacando no mercado, mas isso não quer dizer que devemos aceitar tudo cegamente, afinal, por mais que estejamos sendo levados pelo que nos é oferecido, há questões importantes que demandarão novos debates e reflexões. Agora, se estamos no ofício pelo ponto de vista artístico, é outra proposta, que independente de renda, continua sendo um caminho de aperfeiçoamento profissional e pessoal, e que pode ser aproveitado para se utilizar a AI para criar artes mais criativas e originais, como especifico melhor neste post.

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