A arte da charge

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Zé da Silva - acordou

Creditos: Zé da Silva

No período em que trabalhei como chargista e diagramador para um jornal local de minha cidade, senti na pele a realidade de criar diariamente uma charge, e posso garantir, não é nada fácil! Todos os dias, mesclando com o trabalho diário do jornal, ter que bolar uma piada, ou crítica inteligente, fato ocorrido, seja no esporte na politica ou em qualquer outro assunto com maior abordagem dos acontecimentos em destaque na mídia mundial, uma “sacada”, aquela luz (que nem sempre vem com tanta facilidade) e ainda aliada a uma ilustração que expresse a ideia e marque o seu estilo: UFA! É de tirar o fôlego mesmo! Melhor deixar de lado o embasamento técnico de palavras difíceis e blá-blá-blá!

Na charge, a ponta da língua ou da caneta envenenada, estão sempre apontadas para a cara da vergonha e do descaso da sociedade, expondo o que não querem que outros vejam. Usando como principal ferramenta técnica a caricatura, e expressando características de forma exagerada, a charge aparece ferozmente nos tempos de furor político-social e nas principais ocasiões mais polêmicas da humanidade. Mas diferente do expressionismo, que usava a tragédia para exprimir as dificuldades humanas,a charge utiliza o humor! Estamos atualmente num momento histórico de nosso país, onde a grande sacada é o despertar de um povo adormecido, em meio a tantas injustiças e contrastes sociais, os chargista brasileiros e mundiais até fazem também a sua parte nessa luta, usando sua arte, lançando sua perspectiva dos acontecimentos de maneira extraordinária!

Neste mundo que de tantos grandes chargistas, vamos reservar uma atenção ao país que habitamos, onde os artistas vivem com o um mercado apertado para este tipo de arte, ( a internet, com o aparecimento das redes sociais tem contribuído e muito para a divulgação dos trabalhos) Mas esta não é a unica questão aqui abordada, a maioria dos desenhistas possui outra profissão ou intercala seus serviços com trabalhos publicitários, geralmente mais rentáveis. E ainda enfrenta o fato de não existirem muitas publicações que reservem espaço para charges e cartoons. Porém, eles lançam mão de seu único artificio, O puro e simples prazer de desenhar! A charge nos revela mundos novos e criativos. Desejo sinceramente à todos que desejam expressar suas idéias através das charges, o meu “Vem pra rua, mas vem com lápis e papel!” e use sua paixão nessa luta!

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